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  • Laila Dias terapeuta ocupacional

Artesanato Moderno


Quando fazia faculdade (há algum tempo e não interessa quanto), tinha uma professora que levantava a questão da continuidade do artesanato, uma vez que as famílias não reúnem mais para passar para próxima geração estes conhecimentos.

Afinal, em nossas famílias o privado tem muito mais espaço que o encontro.

Sem contar da saída da mulher para o mercado de trabalho e nesse espaço falar inglês conta mais que tecer tricô. :|

E hoje percebo que como a televisão não acabou com o rádio e o e-mail não extinguiu a carta, o artesanato não acabou!

Ele adaptou e ganho fôlego com a internet.

Receita virou infográfico, curso virou seminário, e o tutorial é basicamente aquela dica bacana que rolava entre alguém com mais experiência e uma com menos.

Sem falar nas várias comunidades em redes sociais cujo o tema é... artesanato!

Sua loja é o instagram, encomendas são feitas pelo zap e entrega-se para o país todo.

É chic ter produto feito a mão, sem falar que é sustentável, palavrinha chave, base da #compredequemfaz.

Os artesões entendem não somente da técnica, mas de marketing digital e dispensam atravessadores.

O mundo mudou, as mulheres estão ganhando mais espaço e tirando seus fantasmas dos armários, contra o feminicídio, contra salários desiguais, contra o mito da maternidade perfeita e a culpa que ela trás.

Mas o que a gente não esperava é que essa moçada abraçasse o artesanato. Tem até coletivo de bordado, porque mulher pode sim fazer o que quiser, incluindo bordar e bordar temas além de flores delicadas.

Sem falar no apresentador de TV, macho (tchê!), fazendo crochê e colocando mais lenha nessa fogueira.

Mas se as nossas vovós (guardiãs deste conhecimento) estão high-tech porque o artesanato não estaria?

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